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A torre

Foto do escritor: Hannah SolHannah Sol

Atualizado: 13 de dez. de 2020


Quando eu comecei meu processo de transmutação espiritual - descontruir padrões, tacar um belo foda se para quem acha que eu deveria ficar apegada a coisas que não tem cabimento - eu passei muito por essa torre.

Era INCRIVEL!

A tia (eu chamo de tia quem eu quiser e ponto final!) do baralho sempre me olhava e dizia: lá vem mais uma querida...

As primeiras foram muito fodidas.

Tudo era uma questão de centralizar. Eu deixava que os outros comandassem minha vida, ficava fazendo o que queriam mas eu me prejudicava porque acelerava o pensamento e até eu pôr na balança, até eu parar de contar coisas, até eu dar um basta nisso, foram torres milhares de vezes.

Já estive em entrevista de emprego, contratada e aí do nada um TORRE! Acontecia coisas surreais que parecia alguém lá de cima dizendo - não vai ser isso não! Isso vai dar ruim, então deixa doer agora mas depois você vai me dar razão.

Teve torres que eu passei muito nas cegas, outras que despertaram a lógica, teve torres fundamentais.


A torre no baralho - e olha que não trabalho com isso - significa algo que precisa ruir para: ou ser ajustado ou porque não era para você. É a carta do baralho que grita para você: ACOMODADO, VAI PROCURAR ALGO DIFERENTE E LUTA!

A torre faz você se despir, você encarar as coisas, você virar o espelho da sua casa e ao invés de mentir ver que a realidade existe e você sobra com você mesma.

E se você não gostar de si mesma, meu amor, ninguém mais vai gostar! Se você não aprender sobre solitude e solidão, sobre acalmar a mente, sobre parar de contar seus planos megalomaníacos pros demais, a torre vem.

A torre é a carta mais profunda, dolorosa na alma que o baralho traz, porque fala de coisas inesperadas. Fala de reviravoltas loucas e geralmente quando você não está ajustado com o proposito espiritual a torre dói.

Dificilmente você vai encontrar alguém que diga: é só a porra duma torre!


As torres dependendo bem do baralho, nunca são só torres.

Teve coisas que me custaram a paz, o sono, e quantas torres não tiraram minhas lágrimas; quantas vezes eu não fui me ver no espelho para ter certeza de quem eu era?

Quantas torres não me deixaram literalmente apática?

Eu cheguei a um final de ciclo invejavelmente falando que nem esperava que seria assim.

Um ciclo doido, de relacionamento tóxico, que eu não percebia que o outro era tóxico. Eu gostava da companhia da pessoa, mas a pessoa queria ser livre, queria distribuir amorzinho com várias e não queria se comprometer comigo, mas queria me deixar ali. Cativou, virou amigo, disse amava, coisas pequenas que se regadas todos os dias viram uma situação nada boa.

Vira apego!

Eu perdi as contas de quantas vezes fui e voltei para ele. Fiz o mapa (olha que os mapas que faço sempre observo sagitário e libra) - mas sinceramente estava tudo lá. É aquilo, casa de ferreiro espeto de pau, trabalhar com isso não e faz alguém reativa que não quer e não pode estar aberta a nada só por causa de um libra, um sagitário. Eu li, entendi, e confrontei a pessoa que me disse que isso foi no passado.

Mas era da pessoa, e não do passado dela!


Ele continuava o mesmo, milhares de muitas e não tinha como eu saber a não ser usando o baralho. Foram brigas, idas, voltas, eu depurei tudo, cada torre porque sentia um carinho. E foi essa sensação que me fez virar para mim mesma e dizer: VOCÊ MERECE MAIS, CHEGA!

CHEGA DE INSISTIR EM QUEM NÃO TE QUER ASSUMIR, QUEM NÃO TE DÁ VALOR, CHEGA DE FINGIR QUE UM DIA ELE VAI MUDAR E SENTIR FALTA, PORQUE NÃO VAI.

Dê a si o valor, e saía disso!

Cada torre me moldou a quem sou hoje e hoje mais do que um capitulo especial vejo pessoas que eu costumava também ter afinidade simplesmente se esquivando de mim por causa da Netunus - porque não é de Deus mexer com isso (mas é tema para outro post).


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